A mais recente companhia enquanto tento arrancar com um trabalho de Fotografia que se prevê um desastre. Som amarelo, clarinho, feliz, a fazer lembrar descapotáveis velhinhos a percorrer os prados no Alentejo, a antítese do cinzento, escuro e enfadonho Janeiro, onde realmente só ando no 42, e a chapinhar na àgua.
A propósito do filme, reavivam-se as discussões. Como sempre não tenho argumentos próprios mas rio-me dos argumentos dos outros. O mais engraçado é o do "ser contra natura". Amigos, contra natura é fazer depilação às pernas ou utilizar sanitas. Que tal subjugarmo-nos totalmente à natureza e regressar à animalidade? Proponho que se comece por queimar os aviões, que são um autêntico atentado à nossa condição de terrestres sem asas. Está na natureza do homem casar com uma mulher, ter filhos e mobilar a casa no Ikea. Agora, o amor? Isso é coisa de malucos.
Só sei que, algures na rua onde o Freud morou, em Viena, alguém vai mudar de rotina. E poupar uns trocos em papel. E em tinta. E esperamos (todos) que as mudanças não se fiquem por aqui.
Meninas, de notar que aquela lama toda em nada contribui para o medo, pois, pelo cenário em questão, creio não se tratarem de referências a casas de banho em Piccadilly Circus.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
Há alturas na vida em que me apercebo do valioso saber e coragem das pessoas mais idosas. Hoje, por exemplo, estou a morrer de inveja de todos aqueles que conseguem usar collants por baixo das calças e continuar a executar movimentos corporais com a maior flexibilidade, tipo subir e descer do autocarro.