domingo, 28 de dezembro de 2008


Este ano fiz 19 anos. Nesse dia comi sushi pela primeira vez. Chique. Mas horrível. Apanhei o 15 e manjei 5 pastéis de Belém de enfiada.

Este ano ainda gastei mais dinheiro em roupa que nos outros anos. Como a maior parte das pessoas desprezíveis e invejosas também olhei para os que foram ao concerto da Amy Winehouse com aquela cara “eu-bem-avisei”.
Estudei que nem uma camela. Engasguei-me no almoço de Páscoa quando o meu pai me perguntou se eu conhecia os Vampire Weekend. Ele também se mostrou incomodado por eu ir ver o Bob. Também me ri bastante daquelas bailarinas vindas directamente da Passerelle para a Torre VIP do Oeiras Alive.

Um dia resolvi mexer o café com Kit Kat. O meu namorado odiou. As minhas amigas aderiram. Foi o inicio de uma nova e grande amizade. Uma noite bebi um mojito e percebi porque é a bebida preferida pelos mortos do CSI Miami (até imaginei a medica legista a tirar-me folhas de hortelã do estômago).

Este verão, quando vi um casal num barco em pleno rio em Praga, descobri que afinal, andar de gaivota não é coisa de crianças. Vi o eclipse da lua na praia em Nice. Andei na Roda Gigante mais antiga do mundo. Participei num workshop sobre como fazer o melhor appelstrudel do mundo. Este ano estudei que nem uma camela. Comi que nem uma égua. Fumei que nem um macaco. Bebi que nem um elefante.

Ainda bem que não tenho memória de peixe.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008


“(1) Never give anything away for nothing.

(2) Never give more than you have to give (always catch the buyer hungry and always make him wait).

(3) Always take everything back if you possibly can.”

William Burroughs


Estive quase para lhe desenhar uma boina de Pai Natal no Paint.

Devido a certas e determinadas circunstâncias académicas, vou ter que passar o Natal com os junkies.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Quase 10 anos depois de Flat Beat, o boneco amarelo está de volta e em grande. O último a ouvir Positif sem abanar a cabeça é ovo podre!

domingo, 7 de dezembro de 2008

Não que não goste da época. Até acho piada às luzes, às músicas, às filas na FNAC e às rabanadas, mas a figura dos três fantasmas de Dickens cresce de ano para ano. Pus-me a pensar onde é que as minhas aparições me levariam.
Tenho a certeza que o fantasma do passado me mostraria o Natal em que recebi a Cama Dossel da Barbie, porque só voltei a pular tanto quando comecei a ir a concertos. Acho que já não acreditava no Pai Natal (nem sei se alguma vez acreditei) mas ainda punha o sapato na chaminé, os adultos achavam engraçado e eu adorava ser o centro das atenções. O fantasma do presente, arrisco, ia levar-me ao novo centro comercial das Caldas da Rainha. Estive lá a semana passada e garanto-vos, estava presente o verdadeiro espírito natalício, o amor e unidade das famílias contemporâneas, com muito chapéu-de-chuva a atrapalhar a multidão e avós e netas a comprarem na Bershka.
O fantasma do futuro ia mostrar-me uma senhora de meia idade obesa com nódoas de Ferrero Rocher na blusa, afirmo-o convictamente.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008


"There is no progress in art, any more than there is progress in making love. There are simply different ways of doing it." Man Ray